Fake news é motivo de problemas em condomínios

Com alcance da internet aumentando, as notícias falsas resultam cada vez mais em inconvenientes.

Com 60% da população conectada à internet e mais de um smartphone por pessoa, a propagação de rumores, conhecida também como fake news (“notícia falsa”, em inglês), tem se tornado cada vez mais comum. Ambiente mais comum para esta prática nos condomínios é através do WhatsApp.

O problema é tão grave que nos últimos meses, segundo autoridades indianas, ao menos 22 pessoas foram assassinadas por linchamento naquele país devido as notícias falsas espalhadas via WhatsApp, sobre um grupo de traficantes de pessoas sequestrando crianças na região.

Devido a este triste episódio, a empresa WhatsApp decidiu alterar o padrão de redirecionamento de mensagens no mundo todo, reduzindo a velocidade de disseminação de mensagens infundadas.

Em condomínios, vizinhos entram nos famosos “grupos do WhatsApp” para se informar sobre o andamento de ações, progresso de obras e barulhos excessivos, por exemplo, porém, há muitos condôminos que usam este meio para produzir ou compartilhar dados fictícios.

O Grupo Graiche, empresa que administra mais de 700 condomínios e 4.500 funcionários, alerta sobre os riscos que esta ação traz a vida condominial e até mesmo sobre a responsabilidade legal que a envolve. “Orientamos nossos síndicos para alertar os moradores quanto a esta prática. Em casos desta natureza, aconselhamos que se cheque a fonte, converse com quem noticiou a informação falsa, que o intuito do grupo não é esse, e que inclusive, tais informações não são a postura do condomínio”, afirma José Roberto Graiche Júnior, vice-presidente do Grupo Graiche.

José Roberto relembra ainda um caso que ocorreu em um dos condomínios que a empresa administra. Na ocasião, por conta de descontentamento de um grupo de moradores com a forma de administração do síndico recém-empossado, divulgaram no grupo de WhatsApp do edifício que o novo síndico, como estratégia de gestão, iria demitir em massa os funcionários.

Tal condição não era verdade, o que por fi causou forte desgaste e mobilização dos funcionários e de condôminos simpáticos ao efetivo, desencadeando uma assembleia e, por conta do estresse, a destituição do síndico e renúncia do conselho consultivo.

Além disso, José Roberto ressalta o caráter legal que a questão envolve, mesmo que ainda não existam leis específicas para as fake news.

“Existem muitos projetos de lei correndo na Câmara dos Deputados e no Senado, estabelecendo penas que variam desde multa até prisão para quem cria ou compartilha os boatos. Contudo, existe sim a possibilidade da mensagem ser caracterizada como crime, uma vez que incluir informações caluniosas, difamatórias ou injuriosas contra alguém, de acordo com os Artigos 138 a 140 do Código Penal”, conclui o vice-presidente do Grupo.

Vale lembrar também que o Facebook, empresa dona do WhatsApp, mudou a política para remover notícias falsas que incitam violência. A rede social optou por mudar algumas de suas políticas de privacidade, com o objetivo de impedir que as fake news que incitam o ódio circulem. A nova regra levará em conta textos e posts que contam apenas com fotos.

Grupo Graiche

Presente no mercado imobiliário desde 1974, o Grupo atua nos segmentos de administração condominial, administração de bens imóveis e na intermediação de locação e venda de imóveis. Com métodos sempre inovadores, eficientes e transparentes na aplicação de recursos, é uma das mais bem-conceituadas empresas do ramo no Brasil, premiada Master Imobiliário. Em constante expansão, seu núcleo de funcionários reúne advogados, economistas, administradores de empresas, contadores, arquitetos e psicólogos. Muitos de seus clientes fazem parte da carteira do grupo há mais de trinta anos.

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