11/02, Dia do Zelador: atividade é fundamental para a gestão condominial

Todos que moram ou trabalham em condomínio devem homenagear, no dia 11 de fevereiro, o profissional que exerce a atividade de zelador.

Homenagem ao dia do zelador

Devido a sua relevância na gestão de propriedades, como condomínios, escolas, hospitais, empresas e demais instituições, foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a Lei nº 2.131, de 4 de outubro de 1979, que decretou a data como o Dia do Zelador. Em outros estados as comemorações variam entre os dias 09 e 11 de fevereiro.

Para o condomínio, o zelador representa a figura fundamental na gestão do síndico, sendo considerado o seu braço direito. Para que haja uma administração com qualidade e eficiência, não adianta o síndico ter amplo conhecimento em gestão se o seu zelador não estiver motivado e alinhado com as suas expectativas. O treinamento também é fundamental para exercer as funções com mais qualidade, o que permite ao síndico dividir as suas responsabilidades, principalmente as mencionadas no Código Civil, art. 1.348.  

O estabelecimento das suas atividades diárias depende do contrato estabelecido com o condomínio, que deve considerar também o que está previsto na convenção coletiva, podendo variar entre as regiões do país. Suas principais atividades são:

Contato direto com o síndico e, quando necessário, assumir como preposto do síndico;

Distribuir e supervisionar as atividades dos empregados, como: porteiros, encarregados da limpeza e manutenção e seguranças, além do material e equipamentos necessários para o trabalho diário;

Verificar se o sistema de iluminação foi desligado;

Examinar e fiscalizar o funcionamento dos elevadores;

Substituir lâmpadas queimadas;

Verificar se as bombas d’água estão funcionando;

Averiguar se o fornecimento de água da rua está ocorrendo;

Verificar se o Regulamento Interno está sendo cumprido;

Avaliar com periodicidade o estado dos extintores de incêndio;

Providenciar, em caso de defeito, a imediata chamada das empresas fornecedoras de água, eletricidade, gás e telefone;

Chamar o pronto-socorro ou cuidar do encaminhamento de qualquer morador ou funcionário em caso de acidente;

Chamar a polícia caso seja necessário;

Executar pequenos reparos e consertos;

Atender a todos os condôminos com delicadeza e respeito;

Evitar comentários e ser sempre discreto e imparcial;

Intermediar as necessidades entre os moradores e o síndico.

Evolução da atividade de zelador  

Era comum os zeladores serem profissionais que trabalharam na construção dos edifícios dos condomínios, e, quando ocorria a instituição, eram contratados como funcionário, para morar no edifício, em função de conhecerem detalhes importantes para a manutenção do prédio. Possuíam formação acadêmica mínima e sem conhecimento sobre gerenciamento e informática. 

Hoje os zeladores se destacam por serem profissionais mais treinados e pela capacidade de auxiliar nas atividades administrativas. Muitos já possuem conhecimento de informática, auxiliando o síndico no levantamento de preços, acompanhamento das manutenções por aplicativos e elaboração de circulares. A grande maioria não mora mais no edifício e muitos são contratados como gerentes prediais. Dependendo da localização do condomínio, principalmente áreas turísticas, e da sua complexidade na estrutura, pode ser necessário o conhecimento de idiomas, principalmente o inglês.  

Durante a pandemia, o zelador ocupou um papel essencial na gestão para fazer cumprir todas as determinações do Ministério da Saúde, relacionadas às áreas permitidas para o uso dos moradores, utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os funcionários e máscaras para os moradores. Foi necessário demonstrar competência, ter empatia e muita paciência para contornar os conflitos que surgiam, auxiliando os síndicos na condução da gestão durante essa difícil fase.


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Autor

  • Profª Rosely Schwartz

    Curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional com transmissão ao vivo pela FECAP e 100% online pelo site OCONDOMÍNIO. Autora do livro “Revolucionando o Condomínio” (16ª edição – Editora Benvirá), Mais informações: rosely@ocondominio.com.br.